(Publicado originalmente no Contraversão em 18/08/11)
Na primeira década do século XX, o que ocupava a cabeça e esvaziava os bolsos de jovens e muitos adultos eram magazines mensais com contos de ficção científica e fantasia heróica. Trazendo quase sempre em suas capas personagens exóticos ou garotas voluptuosas correndo perigo, estas “revistas” eram feitas da parte mais barata do papel, conhecido como “polpa” e deram origem ao termo “Pulp Fiction”.
A revistas pulp não tinham pretensão literária e se destinavam à entretenimento despretensioso, rápido e barato. Mesmo assim, grandes escritores iniciaram suas carreiras nelas. Gente do calibre de Isaac Asimov, Dashiell Hammette Raymond Chandler. E as histórias em quadrinhos começaram sua trajetória como uma “evolução” dos pulps, já que Gil Kane (Lanterna Verde, Esquadrão Atari), Mort Weisinger (co-criador do Arqueiro Verde e do Aquaman) e Julius Schwartz (lendário editor da DC Comics) escreveram nestes revistas também.
E, dentre as centenas de publicações que existiam na época, uma ostentava o slogan “Uma Revista Sem Similar”. Seu nome era Weird Tales. Foi criada em 1923 por J. C. Henneberger, um ex-jornalista que possuía um peculiar gosto por histórias macabras fossem reais ou fictícias. O segundo editor da revista foi Fransworth Wight, que tentando equilibrar a Weird Tales entre as exigências do mercado e seu gosto por literatura fantástica, deu a publicação uma identidade única.