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Dados interessante para a gente refletir:

Das 161 visualizações da minha newsletter até agora, 55 foram por e-mail, 8 pelo Facebook, 5 pelo Linkedin, 4 pelo Instagram e 2 pelo Bluesky.

Nenhuma pelo Twiter. Fora a zuêra e conversa, aquela rede não serve pra mais nada.

E, olha só, pelo menos entre meus leitores, pessoas estão mais interessadas no que escrevo ou a plataforma entrega mais no Facebook e LinkedIn, redes desprezadas por muita gente na Internet.

Em termos de conteúdo, o Twitter virou um buraco negro. Só não morre de vez porque quem produz conteúdo em geral gosta de estar aqui e replica algumas conversas aqui em outras redes, mas é praticamente um Reddit com limitações de caracteres.

Sei que os números expostos são baixos em um contexto mais geral, mas quero que se danem números astronômicos. Só quero fazer meu rolê de boas. Se compartilho estas reflexões com vocês, é porque achar que esta rede bomba e outras morreram é bobagem.

Mas sei ainda está por aqui e quer assinar minha newsletter, só clicar aqui: https://caostopia.substack.com/about

Uma de foto de um exemplar de “Medo e delírio em Las Vegas”, do Hunter S, Thompson, em cima de uma mesa. Na capa, um desenho o psicodélico de dois homens dirigindo um conversível em uma estrada, no meio de um deserto.

Por incrível que pareça, este é primeiro texto que eu pensei se devia publicar mesmo ou não. E olha que esta semana eu já acredito ter falado mais do que deveria. Mas vamos lá.

Antes um aviso. Pode parecer que estou chupando o meu próprio pau e provavelmente estou. Mas precisamos lembrar da nossa história para ver tudo o que já conquistamos e quanto ainda podemos conquistar, não é? Então tenham a honra de ler um texto que estou escrevendo para mim mesmo para reler em momentos como esse.

Está disponível na Netflix o filme “Quebrando a banca”. Nele, um nerd superdotado que é muito bom em contas é recrutado por um professor (Kevin Spacey, seu arrombado, por que tão bom ator?) para participar de um time que vai ganhar uma grana violenta em Las Vegas contando cartas jogando 21 (ou Black Kack). Como o próprio filme explica, não é nada ilegal. Mas cassinos são feitos para você perder, não ganhar. E se você cria um sistema que quebra esta regra máxima e for pego, pode ter certeza de que vai se foder. Muito.

Eis que o nerd pobre e fudido ganha a grana violente. Esquece dos amigos nerds. Pega a garota mais linda da faculdade. E tal qual Ícaro, chega muito perto do Sol a cai, feio.

(Talvez tenha faltado um ALERTA DE SPOILER aqui? Acredito que não. O começo do filme já dá esta letra e tem coisa pra rolar depois disso, acredite em mim)

E aí tu pega um filme desses. Ou a saga Harry Potter. Ou a saga Crepúsculo. Ou “Matrix”. Podemos também ir com qualquer uma das trilogias de “Star Wars”. Talvez o desenho animado “A espada era a Lei”. Podemos falar dos livros ou filmes de “O Senhor dos Anéis”. E que tal quadrinhos como “Os Invisíveis” ou “Os Livros da Magia”? E em todos eles temos um elemento em comum: a pessoa fodida comum que, por um golpe de sorte do Destino, tem ALGUMA COISA que a torna predestinada a ser especial e fazer a diferença no mundo. Alguém mais velho, quase sempre um homem, percebe esta alguma coisa treina a pessoa e, uau, olha ela fazendo diferença no mundo!

Algumas destas histórias acabam com o protagonista no topo. Outras vão pro lado do Grande Sacrifício Final. E poucas mostram de fato a Queda de Ícaro.

Como tendemos a esquecer dos poucos que se foderam, temos como resultado um tanto bom de pessoas por aí esperando um Ben Kenobi, um Merlin, um Morpheus, um King Mob, uma Brigada dos Encapotados, um Edward ou até mesmo a famigerada cartinha de Hogwarts. Aquele momento em que seremos apresentados ao mundo como ele é, que sairemos da Caverna de Platão e veremos o mundo além das sombras, nos diferenciando dos meros cordeiros e assumindo nosso lugar de direito junto aos lobos.

A verdade é que nada disso acontece. E exatamente por isso tendemos a olhar para nossa vida e trajetória como comum, medíocre. Nos consideramos apenas mais um trabalhador invisível na multidão.

E isso piora nesta era de redes sociais. Tu abre o Linkedin e sempre tem alguém produzindo e conquistando mais que você. Tu abre o Instagram e sempre tem alguém aproveitando a vida mais que você. Tu abre o Twitter e sempre tem alguém com um poder de argumentação maior que o teu, que manja mais de um assunto que você entende e gosta, e vai fazer questão de jogar isso na sua cara.

Bom, fodam-se cada um deles, na moralzinha. Neste exato momento, tenho plena certeza que alguém olha para a minha vida e acha que tenho produzo mais e tenho mais conquistas do que ela. Que acha que aproveito a vida melhor que ela. Que acha que entendo mais de um assunto que ela e que tenho mais poder de argumentação que ela. Porra, às vezes eu sou o imbecil que faz questão de jogar isso na cara dos outros!

(Perdi a linha de raciocínio aqui, HAHAHAHAAAHHAAH!! Vou fumar um cigarro e já volto)

Inicialmente, estava pensando neste texto em listar algumas das minhas conquistas (Mentira, estava pensando em listar as minhas conquistas mais fodásticas mesmo). Mas, pensando melhor, seria uma ostentação brega. E no final das contas eu sei o que fiz e quem eu quero que saiba está a par também.

Então, antes que este papo descambe para uma meritocracia estúpida (porque eu sei dos privilégios que tive e tenho), só queria me lembrar de olhar para trás e ver até onde cheguei, algumas vezes mais autônomo, muitas vezes carregado pelos outros, mas estou aqui.

E vou além. Não posso morrer sem ir no Circus Circus em Las Vegas, caralho.