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Pois bem, com as tarefas de casa em ordem, minha próxima meta era organizar minha rotina de trabalho. E, cá entre nós, isso foi difícil pra caralho.

Primeiro, porque é difícil manter a porra do foco, ainda mais em um trabalho que pede que eu passe parte do tempo na Internet fazendo pesquisas ou estudando. Tu abre o Youtube para pesquisar um vídeo ou seu e-mail para ver os artigos das newsletters que assina, acha um vídeo ou um texto interessante, resolve dar uma olhada inocente… e lá se foi uma hora do seu dia.

Aí eu ficava brigando para atingir uma frase que o ilustrador Christoph Niemann fala em seu episódio da série “Abstract”: “Tudo o que acontece entre 9h e 18h é trabalho”. Fiquei em uma batalha para fazer isso acontecer e esqueci que ele considera trabalho ir a um museu ver exposições para ver Arte, estudar Arte e Design ou mesmo testar ideias.

E tem aquele lance que ninguém fala abertamente, mas é real, ninguém é produtivo o tempo todo. Quem parece que é está mentindo. Ponto. Então, baseado no conceito de ver o tempo como espaço que aprendi com a estudiosa de produtividade Gabriela Brasil, resolvi criar bloco de foco total. Comecei com meia hora de manhã e meia hora à tarde. E descobri que com esta 1h de foco total por dia eu rendia muito mais do que brigando (e perdendo) para ter foco o dia inteiro. Criado este espaço de foco total de 1h por dia, resolvi ampliar para 2h por dia (1h de manhã e 1h à tarde) e pareço estar conseguindo. Meu objetivo é atingir 4 diárias, sendo obviamente 2h pela manhã e 2h à tarde.

“Mas, Alessio, isso dá um total de 4h por dia. E as outras 4h”?

Bom, neste processo de me organizar no trabalho, descobri que estava calculando muito mal o tempo das minhas tarefas. Eu blocava 3h para fazer um trampo e de repente isso virava 5h por causa de coisas como reuniões, tarefas surpresa (A WILD JOB APPEARS), microgerenciamento das equipes do trampo, falta de foco e erro de cálculo mesmo. Só que eu já tinHa reservado o resto do tempo para fazer outras coisas E aí tudo se atropelava, prazos estouravam e lá estava eu com ansiedade de novo pensando em trabalhar até às 2 da manhã ou acordar às 4 da matina para dar contas das coisas.

Então eu deixo as 4h que “sobram” do meu trabalho para imprevistos, reuniões, chamadas e assim ter margem de manobra para fazer o que tenho que fazer no dia e andar com projetos à longo prazo. Tem dia que o tempo sobra, tem dia que não, mas consigo fazer as coisas andarem um mínimo para entregar o que preciso entregar no prazo.

E aí, quando sobra tempo, posso adiantar algum trabalho, estudar algo relacionado ao trabalho, fazer algum projeto do trabalho mais de longo prazo que não envolva demandas imediatas, e por aí vai.

Claro que tudo não está rolando 100% ainda. A falta de foco ainda existe. O cálculo errado das minhas tarefas ainda existe. Mas as coisas estão fluindo melhor e consigo parar às 18h (salvo exceções que acontecem em qualquer trabalho) sem aquela sensação de estar devendo um caminhão de coisas.

Mas o importante é que com isso já funcionando eu posso me dedicar à próxima área que resolvi atacar: meu trampo na Excelsior Comic Shop. Esta é uma etapa que está ainda na fase de estudos e criação de rotina e não tem muito o que falar. Até porque uma lição que aprendi à duras penas é não falar muito sobre coisas que você vai fazer sim falar sobre as coisas que você já fez. Então, quando isso estiver mais em ordem, vou partilhar com vocês o que eu fiz. Para o próximo, vou pagar um dívida antiga: a segunda parte do meu texto de produção de roteiros para histórias em quadrinhos.