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Notas para mim mesmo – 8

Publicado: 12 de dezembro de 2023 em Hã?
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Não foi exatamente com estas palavras que li, mas tá valendo:

“Meditar é que nem dormir. Você não vira para seu corpo e mente, diz ‘vai dormir’ e simplesmente dorme. Você tem que entrar em um ‘estado de dormir’, parando tudo e relaxando corpo e mente até chegar nele.

A mesma coisa com a meditação. Você não vai sentar, cruzar as pernas, dizer ‘mente, silêncio e relaxe’ e vai acontecer de imediato. É preciso deixar o ‘estado de meditação’ acontecer.”

– David Shoemaker, “Vivendo Thelema”

Uma foto de uma mesa, com um notebook, um copo cheio de canetas e pilhas de livros e revistas.

Comecei esta seção como um exercício mais ou menos constante para me forçar a escrever mais, de maneira regular, mesmo que, neste caso, eu não passe por revisão e edição (ambas as coisas são MUITO importantes no trabalho de escrita, mas é legal escrever de maneira mais solta também).

Em paralelo nesta busca percebi que estava relendo autores que considero importantes para mim, como Jaime Delano, Alan Moore, Charles Bukowski, Hunter Thompson e Jack Kerouac. Meio que uma busca de raízes, origens, de reencontrar ali o que me despertou para a escrita e tentar despertar a chama de novo.

Como eu acredito em sincronicidades, minhas leituras ocultistas acabaram me levando para esta conexão entre Magia e Arte (não é à toa que muita gente chama Magia de Arte também) e, neste processo de raízes, comecei, a partir da leitura dos primeiros livros de Austin Osman Spare, dissecar mais sobre as raízes da Magia do Caos. Mesmo estando atualmente na prática regular da Umbanda e do Candomblé, a Magia do Caos é uma corrente com a qual me identifico bastante (apesar da merda que está a cena no Brasil hoje), com a vantagem de que não preciso “largar” os Caos para fazer outras práticas.

Enfim, aí fui ler o Livro da Lei do Crowley e foi uma decepção completa. Uma decepção tão grande que saí da leitura das tais raízes do Caos e resolvi ler um daqueles que falam é um dos grandes livros contemporâneos de Magia do Caos: o Mágicka Visual. É um livro muito bom, mas não é Magia do Caos, definitivamente.

E entre escritas, leituras de literatura e ocultismo e até de alguns filmes e séries que ando vendo, percebi que toda esta minha é na verdade uma busca por propósito. Vejam bem, eu até sei qual a GRANDE PARADA que eu tenho que fazer, mas tocar o dia a dia para conseguir fazer os pequenos passos que resultarão na grande jornada tá foda.

(Sim, eu sei que não tá foda só pra mim e mesmo dentro das minhas dificuldades existem muitos privilégios que reconheço e agradeço. Segue o jogo)

Tenho me forçado a seguir algumas rotinas paras as tarefas que tem que ser cumpridas não se acumularem e assim ter tempo e disposição para fazer coisas como exercícios, estudos, projetos e ter um tempo livre para lazer ou mesmo fazer nada. Algumas coisas se resolveram, outras estão se resolvendo, mas tentando me focar mais evolução das coisas do que no que ainda falta (que é o que costumo fazer).

(Não sei mais para onde este texto está indo, socorro! Melhor encerrar por aqui)

Enfim, tá aí mais um desabafo para tentar por pra fora e organizar as coisas que estão meio confusas aqui dentro. Talvez no futuro eu retome tudo isso e faça mais sentido. Espero quem leia isso não sinta que perdeu seu tempo.