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Acabei de ter este diálogo no Facebook:

– Sou contra editoras que cobram de autores para publicar.

– Mas vi que tu tá participando desta revista literária que cobra para publicar autores.

– Mas é que somos uma cooperativa que depende deste dinheiro para pagar ilustradores, revisores e diagramadores.

– Entendi, mas o editor de revista precisa então para de falar que a revista é um modelo de negócios, porque se tem que cobrar de quem publica, na real ele é insustentável.

– Não é a primeira vez que você me ataca e não te devo explicações. Esta conversa acaba aqui.

– Tá bom então.

É aquela máxima: se tem formato de jacaré, cor de jacaré, cheiro de jacaré, é um jacaré.

Abram o olho e nunca paguem para ser publicados.

Faz tempo, né? Aconteceu muita coisa de lá pra cá, incluindo uma crise de ansiedade fudida, entrega de dois projetos importantes no trabalho e a retomada de alguns projetos pessoais. Mas, como diria Jack, o estripador: vamos por partes.

Andava nos últimos tempos realmente determinado a colocar minha vida minimamente nos eixos, e nisso percebi que, ao contrário do que eu pensava e alimentava, algumas coisas, se não estão 100% em ordem (e nunca vão estar, essa é a real), pelo menos posso dizer que estão funcionais.

Então tenho o orgulho de dizer que as coisas em casa, no sentido arrumação e organização, deram uma boa ajeitada, incluindo aí as rotinas com a Alanis, como alimentação e passeio. Na prática, isso quer dizer que encontrei tempo no meu dia pra fazer estas coisas de boa, sem desespero e sem gerar gatilhos de ansiedade. Parece pouco, mas para quem se enrolava demais por causa da ansiedade, foi um baita avanço. Claro que não posso me acomodar e agora preciso me atentar às coisas de casa que precisam ser arrumadas. Mas vamo que vamo.

Em paralelo, comecei a retomar minha rotina de práticas e estudos espirituais. Falando somente do mínimo para manter estas coisas funcionando, tenho feito um banimento, um rito na linha Pilar do Meio, orações, bato cabeça para meu orixá e meditado 10 minutos, além de ler um aforismo do “Tao Te Ching” antes de dormir. Parece muito, mas tudo isso não dá nem 20 minutos do meu dia. Para quem se interessar em se aprofundar nestas práticas diárias, recomendo este texto.

Claro que para isso abri mão de certos formalismos. Quando este exercícios de maneira “completa”, visto a roupa adequada, acendo velas, uso anéis, colares, varinhas e esteira. Aí entre preparar o ambiente, me arrumar, fazer os exercícios em si e desmontar tudo, bem vai uns 30 minutos. Eu acho um absurdo dizer que não tenho 30 minutos na minha manhã para fazer isso, mas a real é que isso acontece e às vezes.

Então, para não ficar sem fazer nada no dia a dia, faço os exercícios sem a meditação entre eles, onde eu estiver, com a roupa que eu estiver, usando a minha vontade pura e simples como ferramenta. A coisa toda acaba sendo mais rápida, mas com menos formalidades a gente tende a entrar “menos no clima”.

Não vou entrar em uma discussão sobre o quanto o teatro e a parafernália durante atos mágickos o tornam mais efetivos ou não. Mas para estes ritos meus em específico, tinha escolhido uma abordagem mais formal justamente para me forçar a parar e fazer. A versão “fast food” acaba não tenho tanto esta função de pausa da realidade mundana, mas o importante é manter a limpeza energética em dia, certo? Fui para aquela linha de “caminhar 10 minutos é melhor que não caminhar nada”. E pelo menos uma vez por semana faço o rito completão.

(Sem contar que vou pro terreiro praticamente toda sexta-feira, né? E se tem um lugar em que o rito é mais do que completo, é lá)

Aí o passo seguinte era colocar o meu trampo em ordem. Não é bem que ele não esteja. Estou fazendo as entregas que tenho que fazer, elas estão sendo bem avaliadas, mas eu me enrolo para fazer as coisas, acabo fazendo correndo em cima da hora e o custo mental e emocional disso acaba sendo alto. Já estou de saco cheio disso. Então tô no processo aqui de me educar a fazer as coisas em etapas e um pouco por dia.

O foda é que meu foco anda uma merda também. Ficar meia hora fazendo uma única coisa que não seja videogame ou ver TV me demanda um esforço enorme. Vou começar uns exercícios com psicóloga e a psiquiatra me receitou Ritalina. Vamos ver se vai ajudar.

A ideia é que, com o trabalho mais em ordem, eu coloque em ordem minhas tarefas com a Excelsior Comic Shop. E aí sim sim, com tudo rodando de maneira mais funcional, ter tempo para meus projetos pessoais e conseguir voltar a escrever regularmente.

Eu tava tentando fazer tudo ao mesmo tempo e não tava dando conta. Então por isso dividir, priorizar e atacar o que precisa ser atacado primeiro. Não é questão de não ter tempo para escrever, mas sim questão de conseguir separar melhor as coisas para o trabalho não invadir o sebo para não invadir minha escrita para eu não precisar escrever no trabalho e trabalhar de madrugada e fazer coisas do sebo no fim de semana e, bem, vocês entenderam.

Nem tudo o que ando fazendo vai necessariamente render textos aqui. Pretendo fazer alguns “work in progress” de algumas coisas, mas alguns projetos estão em uma fase de organização de bibliografia, caça de referências importantes e tal. Algumas paradas vão exigir um estudo brabo antes de virem a público de maneira mais formal. Outras dá pra ir colocando aqui e quem sabe vocês não brincam comigo?

Por outro lado, achei alguns textos antigos no meu HD externo que acredito que valha a pena postar por aqui. Coisa que tá há tanto tempo fora do ar que vai ser inédita pra muita gente.   

 Então vamo que vamo, bastardos.

É, tô ainda tentando dormir no horário certo para acordar mais disposto pela manhã e não tá rolando bem como o planejado. Mas vamos ao que interessa, que é o texto novo. Não deixem de me amar (e me ler).

Descobri a obra “Ulysses”, de James Joyce, quando trabalha como Social Media para a Fnac Livraria Martins Fontes. Explicando para quem não tem muita familiaridade com produção de conteúdo, temos que ficar atentos a todas as datas comemorativas possíveis, pois qualquer uma pode gerar um conteúdo que pode ser vinculado a um produto e quem sabe converte em alguma venda.

Algumas eram óbvias, como falar de coisas de Star Wars no dia de hoje (04/05), mas acabava rolando de falar de datas nem tão populares assim, como o Bloomsday.

O livro “Ulysses” de passa todo no dia 16 de junho de 1904 e conta um dia da vida Leopold Bloom. Ela acorda, vai ao trabalho, cumpre algumas tarefas e vai para casa. E este simples plot rendeu um livro de mais de 1.000 páginas que é considerado um dos maiores romances do Século XX.

Claro que fiz o post sem ter lido o livro. Peguei um resumo, li algumas análises e referências e fiz o texto. Trabalho entregue, vida que segue. Mas todo ano, quando chegava a data, eu me pegava pensando sobre este livro. Porra, uma obra do tamanho do meu ego, que faz uma paródia do épico “A Odisséia” para um dia na vida de um trabalhador na Irlanda. Não sei você, mas eu fiquei curioso.

Anos depois, trabalhando em uma Bienal do Livro para a Companhia das Letras, estava cuidando da seção de Terror e Ficção Científica quando o presidente da editora passou por mim, apontou um livro que estava vendendo pouco e disse, em tom de brincadeira, que eu não conseguiria vender 3 exemplares daquele livro nos 10 dias do evento. Perguntei para ele o que aconteceria se eu vendesse 10 (era 1 livro por dia, nada demais na minha cabeça) e ele disse que eu poderia pegar um livro de graça no final do evento. E foi assim que saí da Bienal do Livro com meu exemplar de “Ulysses” debaixo dentro da mochila.

Ele foi para a minha estante e ali ficou por muitos anos. Eu olhava para aquele livro e pensava “um dia vou te encarar”, como se estivesse, sei lá, diante do Caminho de Santiago ou algo do tipo. E todo Bloomsday eu ficava nessa. Havia um misto de fascínio e medo com a obra, como seu tivesse que esperar um momento especial para ler. E se ela fosse muito complexa? E se eu precisasse de mais referências e vivências na vida para apreciá-la corretamente? Pior, e se ela fosse ruim?

Eis que estou agora lendo o livro “A Arte de Viver para novas gerações”, do Raoul Vaneigem. É um livro denso. Apesar de essencialmente ser sobre atuação política, fala sobre quase tudo, com citações a diversos autores, livros e teorias. E uma destas muitas coisas que ele falar bastante é Arte, com um grande enfoque na poesia (preciso voltar a fazer poemas, aliás).

E em um dos capítulos do livro ele fala bastante sobre “Ulysses”, James Joyce, Leopold Bloom e linguagem em si. Como este é o quarto livro sobre política que estou lendo na sequência (estou numa vibe de ler sobre Situacionismo), resolvi que era hora de intercalar com um romance. Aí pensei: “Foda-se, vou ler ‘Ulysses’”.

A minha edição tem 1.106 páginas, das quais 96 são de um artigo sobre a obra. Fiquei em dúvida se lia o artigo antes de ir direto para o livro em si ou não. Da última vez que fiz isso foi ao ler “O Rei Amarelo” e o artigo introdutório criou expectativas erradas sobre a obra que estragaram a leitura. O livro é bem bacana, mas o artigo atrapalhou.

Resolvi confiar no editor do livro e fui ler o artigo antes. Estou nele agora e está bem bacana. Calhou de discutir bastante sobre um assunto que também é discutido no “A Arte de Viver…” e que também foi reflexo em um texto anterior: o uso da linguagem como representação da realidade e como ocorrem as rupturas ou corrupções disso. Ainda não sei a leitura deste artigo vai ajudar ou atrapalhar na hora que chegar o romance em si, mas está bastante interessante.

As diversas leituras impressas que tenho feito estão se conectando bastante e tenho gostado disso. E tem aumentado ainda mais a minha vontade estudar a Língua Portuguesa com mais profundidade para ver o que posso fazer com ela.

Claro que meus planos deram errado, né? Eu até estava na cama às 23h, mas uma notícia ruim me tirou um pouco dos eixos, fiquei um pouco triste / pilhado, não consegui dormir e fiquei jogando Marvel Snap até pegar no sono, o que demorou.

Aí não consegui acordar no horário que eu queria, hoje é dia de vir trabalhar presencial no escritório e cá estou eu fazendo este texto na hora do almoço…

Pior que bem ontem, na minha terapia, tinha comentado que e minha grande lição desde que eu comecei a ter crises de ansiedade em 2017 / 2018 é que eu não posso controlar como as coisas vão acontecer, somente minha reação à elas. Bom, preciso lembrar disso com mais afinco, né?

Pelo menos tô aqui refletindo sobre isso e fazendo o maldito texto do dia.

“Nossa, Alessio. Não fala assim, ‘maldito’, dá um peso ruim pra coisa toda”.

Fiquei seriamente tentado a mandar tomar no meio do olho da lata do cu quem quer que tenha dito isso na minha cabeça, mas a merda é que errada esta voz não está. Tenho lido alguns textos sobre como as palavras e linguagem são um dos maiores campos de batalha de todos os tempos e estamos pouco atentos a isso.

Correndo o risco de me chamarem de good vibes, jovem místico e afins, é fato que as palavras tem poder. Longe de mim advogar que não devemos xingar ou falar palavrões. Como vi uma vez em show de stand-up de um comediante que me recuso a falar o nome: “Um palavrão bem mandado dá até sono”.

Por que vocês acham que a questão dos pronomes neutros causam tanto barulho? Porque aceitar os pronomes neutros é aceitar que aquelas pessoas existem, que elas estão entre nós e devem ser referenciadas o tempo todo. E vão fazer o máximo possível para isso não acontecer.

E também por isso a força das tais narrativas. Tudo é narrativa, tudo é storytelling. Parece papo de bitolado que vive no mundo publicitário ou no Twitter (que são praticamente a mesma coisa), mas vai além, porque envolve política, jornalismo, entretenimento e o caralho a quatro.

Mas saindo deste papo meio conspiracionista e sendo mais prático, é só ver como os quatro anos do governo Bolsonaro fizeram sair do armário nazistas e todo tipo de escória da humanidade. Ele ter falado e feito tudo o que falou e fez e ainda não ter sido preso mostrou que, de repente, sei lá, não é tão ruim mostrar publicamente este tipo de ideia, sabe? Estamos aí pagando o preço disso tudo.

Onde quero chegar com tudo isso? Não sei. Tô só num fluxo de consciência mesmo e acabaram vindo algumas reflexões que ando fazendo com base em algumas leituras e estudos. Isso deve ser aprofundado futuramente, mas depende de mais alguns estudos.

Espero que tenha sido útil.

Estou a fim de tornar esta coluna diária mais uma vez (diária de segunda à sexta, porque também sou filho de Deus, né?). Como preciso terminar alguns roteiros que estou devendo (junto com a gestão da Excelsior Comic Shop, treinos de Ninjutsu e compromissos no Terreiro), minhas noites estão pra lá de comprometidas, então estou pensando em vomitar as coisas aqui pela manhã. Já pensou que maravilha começar seu dia lendo um textinho meu?

Vamos ver o quanto vou conseguir manter a constância, mas acho que vai rolar. Como disse no texto anterior, as coisas estão entrando nos eixos por aqui e o próximo passo é regular melhor meu sono. Como o ideal é acordar às 6h, eu deveria estar na cama pelo menos até às 23h.

A princípio parece difícil, mas não. Normalmente o que estou neste horário é zapear algum streaming em busca de filmes que vou ver um dia, jogando algo no PC ou celular ou dando scrolls infinitos em redes sociais. Nada essencial para a minha existência, né?

A ideia é, após banho e janta, ler um aforismo do Tao Te Ching (estou no 51° atualmente), meditar 10 minutos e depois ficar lendo um livro ou HQ até pegar no sono. E tentar ficar longa de qualquer tela 30 minutos antes de deitar. Não deve ser tão difícil colocar isso e prática.

“Mas, Alessio. PRA QUE acordar às 6h”?

Considerando que entro no trabalho às 9h e faço home office três vezes por semana, realmente não haveria necessidade. Mas é o horário em que a Bianca acorda para ir trabalhar e quero tomar café da manhã com ela, sabe? Além de que dá tempo de fazer minhas orações matinais, ouvir meus podcasts de notícias e, se tudo der certo, escrever esta coluna.

Então me desejem sorte e bora pro play!

(Exercício 2 do curso de de “Técnicas criativas para transformar ideias em textos”, ministrado pela Aline Valek)

Este exercício parecia relativamente simples: liste as pessoas que influenciam seu trabalho. Peguei uma folha de sulfite e um lápis e taquei os primeiros nomes que me vieram à cabeça de pessoas que considero minhas principais influências.

Mas aí foi pedido para escrevermos NO QUE estas pessoas te influenciaram. E aí fedeu. O fato de eu ler / assistir / ouvir muito alguém torna mesmo esta pessoa uma influência. E na hora de colocar objetivamente no papel tudo isso admito que dei uma travada feia. Mas trinquei os dentes, tentei fazer e tá aí o resultado. O considero ruim em termos de texto e pretendo retomar isso algum dia de maneira melhor, mas foi o que deu para fazer.

Contemplem a face de um escritor em desespero.

OBS1: Claro faltaram alguns nomes nesta lista. Se pá, muitos, mas trabalhei com o que veio de bate e pronto.

OBS2: Só tem uma mulher na lista e um negro, isso me incomodou quando percebi e preciso corrigir.

OBS3: Sei muito bem que Warren Ellis e Hakim Bey são nomes problemáticos, mas não posso negar a influência deles sobre minha escrita, apesar dos pesares.

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

  • Marcelo Cassaro

Construção de mundos, planejamento de roteiros e criação de personagens;

  • Grant Morrison

Ritmo de produção, pesquisa para os trabalhos, comportamento frente à Indústria, metalinguagem;

  • Alan Moore

Pesquisa para trabalhos, planejamento de histórias, visão sobre a Arte, adaptação à diferentes linguagens;

  • Carl Barks

Ritmo das histórias, HQs para público infanto juvenil;

  • Jason Aaron

Planejamento de histórias, ritmo do roteiro;

  • Warren Ellis

Adaptação à diferentes linguagens, ritmo de produção, visão sobre a Arte, relacionamento com a indústria;

  • André Diniz

Visão sobre a arte, pesquisa para os trabalhos;

  • Darwyn Cooke

Visão sobre super heróis, otimismo nos trabalhos;

  • Alan Grant

Ritmo de produção, trabalhos menores e contínuos;

  • Neil Gaiman

Criação de mitologias, planejamento de roteiros, adaptação à diferentes linguagens;

  • Allan Sieber

Iconoclastia, visão sobre a Arte;

  • Arnaldo Branco

Iconoclastia;

  • Lourenço Mutarelli

Visão sobre a Arte.

CINEMA

  • Quentin Tarantino

Visão sobre a Arte, uso de referências, diálogos;

  • Kevin Smith

Diálogos, construção de personagens;

  • Edgar Wright

Adaptação à diferentes linguagens.

LITERATURA

  • Hunter Thompson

Estilo próprio, ritmo de produção, linguagem;

  • Aline Valek

Visão sobre arte, planejamento, pesquisa para trabalhos;

  • Jack Kerouac

Ritmo de escrita, linguagem;

  • Charles Bukowski

 Estilo próprio, ritmo de produção, linguagem;

OUTROS

  • Hakim Bey

Estilo de escrita, magia, filosofia, política;

  • Phill Hine

Magia, filosofia;

  • Filipe Siqueira

Ritmo de produção, estilo de escrita, pesquisa para trabalhos;

  • Daniel Furlan

Iconoclastia;

  • Raul Seixas

Filosofia, política, estilo de escrita;

  • Renato Russo

Filosofia, política, estilo de escrita;

(Exercício 1 do curso de de “Técnicas criativas para transformar ideias em textos”, ministrado pela Aline Valek)

Estava pensando em fazer faculdade de Letras para ter um diploma de escritor (na minha cabeça isso fazia sentido, juro), mas em algum momento percebi que isso não daria dinheiro e acabei optando pelo jornalismo (como se isso desse dinheiro, risos). Influenciou também o fato de que estava em uma fase meio punk e achei que dava para o jornalismo poderia juntar escrita com justiça social (mais risos).

Durante faculdade, ganhei um concurso do poesias e, obviamente, me apaixonei por crônicas, além de produzir mais algumas fanfics. Quando me formei, resolvi despejar crônicas, reviews (de discos, livros, gibis e… BARES), análise política, poesia, fanfics e o que desse mais na telha em um blog, e assim nasceu a versão 1.0 de O Protagonista. Ela era bem amadora, hospedada no Blig e, após começar a ler Bukowski e Kerouac, fiquei vidrado em literatura beat e resolvi virar um “escritor maldito”.

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(Exercício 1 do curso de de “Técnicas criativas para transformar ideias em textos”, ministrado pela Aline Valek)

Meu nome é Alessio Esteves, tenho 41 anos. Nasci e fui criado em São Paulo, mas morei em Bauru por 3 anos e meio, enquanto fiz faculdade. Isso aqui não é exatamente uma biografia, mas um pouco sobre mim e minha relação com a escrita.

Leio desde que me conheço por gente e isso foi muito incentivado por meus pais, principalmente meu pai, que ainda lê muito. Era comum eu fazer questão de passar na livraria quando íamos ao shopping (ainda tenho este hábito) e ali ficava escolhendo algo para ganhar no futuro próximo. Ali conheci as revistas do Asterix, a coleção Vaga-Lume e a série de livros-jogos Aventuras Fantásticas, que foram minha introdução ao mundo do RPG. Era comum meus pais literalmente me deixarem na livraria com meus irmãos, irem fazer as coisas deles e virem nos buscar ali depois.

Também lembro que éramos assinantes do Círculo do Livro, onde se pagava uma assinatura mensal que era revertida em livros e, todo mês, colocavam aquele catálogo na minha mão e eu sempre escolhia alguma coisa que me chamava a atenção. Das obras mais marcantes que escolhi ali, tem a Biblioteca do Escoteiro Mirim, a obra completa do Sítio do Pica-Pau Amarelo e Parque dos Dinossauros, simplesmente um dos meus livros favoritos da vida toda (sério, já li acho que pelo menos uma cinco vezes).

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Notas para mim mesmo – 5

Publicado: 15 de novembro de 2022 em Hã?
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“Um bem simbólico, como o próprio nome diz, tem que simbolizar um momento da cultura ou do grupo ao qual você se dirige. Ou seja, se você só publica o que vende, você está publicando defunto. Você só está publicando aquilo porque, de alguma forma, aquilo já foi consumido antes. O novo não vende. Mas, de cinco anos para cá, acho que isso mudou um pouco. Começaram a aparecer editores pequenos que não pretendem vender um milhão de exemplares. Eles nem querem isso. Fazem edições muito bem cuidadas e se comunicam através de redes sociais. É aí entra, de fato, o bem simbólico atual. É um novo caminho e vejo isso com muita alegria. Acho muito mais interessante você ter uma tiragem de 200 exemplares, dar esses 200 livros para pessoas que você quer que leiam e que podem te dar um retorno sobre ele. Cria-se ali um diálogo estético e, nesse contexto, você é, sim, um sucesso absoluto. Não importa mesmo se você não saiu na Folha de S.Paulo, aliás, isso importa cada vez menos”.

– Elvira Vigna

Uma foto de uma tela de Word. Nela está escrito: “DestiNation Volume 3. Roteiro de Alessio Esteves. Arte de Lobo Loss. História1 – Juanitos. Sugestão de capa”,

Jeff Van Cypher retornará. Eu estava com tantas saudades dele quanto vocês.