Dados interessante para a gente refletir:

Das 161 visualizações da minha newsletter até agora, 55 foram por e-mail, 8 pelo Facebook, 5 pelo Linkedin, 4 pelo Instagram e 2 pelo Bluesky.

Nenhuma pelo Twiter. Fora a zuêra e conversa, aquela rede não serve pra mais nada.

E, olha só, pelo menos entre meus leitores, pessoas estão mais interessadas no que escrevo ou a plataforma entrega mais no Facebook e LinkedIn, redes desprezadas por muita gente na Internet.

Em termos de conteúdo, o Twitter virou um buraco negro. Só não morre de vez porque quem produz conteúdo em geral gosta de estar aqui e replica algumas conversas aqui em outras redes, mas é praticamente um Reddit com limitações de caracteres.

Sei que os números expostos são baixos em um contexto mais geral, mas quero que se danem números astronômicos. Só quero fazer meu rolê de boas. Se compartilho estas reflexões com vocês, é porque achar que esta rede bomba e outras morreram é bobagem.

Mas sei ainda está por aqui e quer assinar minha newsletter, só clicar aqui: https://caostopia.substack.com/about

Notas para mim mesmo – 9

Publicado: 18 de janeiro de 2024 em Hã?
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“Hoje em dia ninguém mais tem a coragem de inventar algo novo. Fala-se apenas sobre como as coisas já são e se continua lançando as mesmas ideias antigas. A realidade envelheceu e ficou senil; está sujeita às mesmas leis que qualquer organismo vivo – envelhece. Assim como as células do corpo, seus componentes mais elementares – os sentidos – sucumbem à apoptose. A apoptose é uma morte natural, provocada pelo cansaço e pelo esgotamento da matéria. Em grego essa palavra significa “a queda das pétalas”. As pétalas do mundo caíram.” 

– Olga Tokarczuk, Sobre os ossos dos mortos

Acabei de ter este diálogo no Facebook:

– Sou contra editoras que cobram de autores para publicar.

– Mas vi que tu tá participando desta revista literária que cobra para publicar autores.

– Mas é que somos uma cooperativa que depende deste dinheiro para pagar ilustradores, revisores e diagramadores.

– Entendi, mas o editor de revista precisa então para de falar que a revista é um modelo de negócios, porque se tem que cobrar de quem publica, na real ele é insustentável.

– Não é a primeira vez que você me ataca e não te devo explicações. Esta conversa acaba aqui.

– Tá bom então.

É aquela máxima: se tem formato de jacaré, cor de jacaré, cheiro de jacaré, é um jacaré.

Abram o olho e nunca paguem para ser publicados.

Pois bem, com as tarefas de casa em ordem, minha próxima meta era organizar minha rotina de trabalho. E, cá entre nós, isso foi difícil pra caralho.

Primeiro, porque é difícil manter a porra do foco, ainda mais em um trabalho que pede que eu passe parte do tempo na Internet fazendo pesquisas ou estudando. Tu abre o Youtube para pesquisar um vídeo ou seu e-mail para ver os artigos das newsletters que assina, acha um vídeo ou um texto interessante, resolve dar uma olhada inocente… e lá se foi uma hora do seu dia.

Aí eu ficava brigando para atingir uma frase que o ilustrador Christoph Niemann fala em seu episódio da série “Abstract”: “Tudo o que acontece entre 9h e 18h é trabalho”. Fiquei em uma batalha para fazer isso acontecer e esqueci que ele considera trabalho ir a um museu ver exposições para ver Arte, estudar Arte e Design ou mesmo testar ideias.

E tem aquele lance que ninguém fala abertamente, mas é real, ninguém é produtivo o tempo todo. Quem parece que é está mentindo. Ponto. Então, baseado no conceito de ver o tempo como espaço que aprendi com a estudiosa de produtividade Gabriela Brasil, resolvi criar bloco de foco total. Comecei com meia hora de manhã e meia hora à tarde. E descobri que com esta 1h de foco total por dia eu rendia muito mais do que brigando (e perdendo) para ter foco o dia inteiro. Criado este espaço de foco total de 1h por dia, resolvi ampliar para 2h por dia (1h de manhã e 1h à tarde) e pareço estar conseguindo. Meu objetivo é atingir 4 diárias, sendo obviamente 2h pela manhã e 2h à tarde.

“Mas, Alessio, isso dá um total de 4h por dia. E as outras 4h”?

Bom, neste processo de me organizar no trabalho, descobri que estava calculando muito mal o tempo das minhas tarefas. Eu blocava 3h para fazer um trampo e de repente isso virava 5h por causa de coisas como reuniões, tarefas surpresa (A WILD JOB APPEARS), microgerenciamento das equipes do trampo, falta de foco e erro de cálculo mesmo. Só que eu já tinHa reservado o resto do tempo para fazer outras coisas E aí tudo se atropelava, prazos estouravam e lá estava eu com ansiedade de novo pensando em trabalhar até às 2 da manhã ou acordar às 4 da matina para dar contas das coisas.

Então eu deixo as 4h que “sobram” do meu trabalho para imprevistos, reuniões, chamadas e assim ter margem de manobra para fazer o que tenho que fazer no dia e andar com projetos à longo prazo. Tem dia que o tempo sobra, tem dia que não, mas consigo fazer as coisas andarem um mínimo para entregar o que preciso entregar no prazo.

E aí, quando sobra tempo, posso adiantar algum trabalho, estudar algo relacionado ao trabalho, fazer algum projeto do trabalho mais de longo prazo que não envolva demandas imediatas, e por aí vai.

Claro que tudo não está rolando 100% ainda. A falta de foco ainda existe. O cálculo errado das minhas tarefas ainda existe. Mas as coisas estão fluindo melhor e consigo parar às 18h (salvo exceções que acontecem em qualquer trabalho) sem aquela sensação de estar devendo um caminhão de coisas.

Mas o importante é que com isso já funcionando eu posso me dedicar à próxima área que resolvi atacar: meu trampo na Excelsior Comic Shop. Esta é uma etapa que está ainda na fase de estudos e criação de rotina e não tem muito o que falar. Até porque uma lição que aprendi à duras penas é não falar muito sobre coisas que você vai fazer sim falar sobre as coisas que você já fez. Então, quando isso estiver mais em ordem, vou partilhar com vocês o que eu fiz. Para o próximo, vou pagar um dívida antiga: a segunda parte do meu texto de produção de roteiros para histórias em quadrinhos.

Notas para mim mesmo – 8

Publicado: 12 de dezembro de 2023 em Hã?
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Não foi exatamente com estas palavras que li, mas tá valendo:

“Meditar é que nem dormir. Você não vira para seu corpo e mente, diz ‘vai dormir’ e simplesmente dorme. Você tem que entrar em um ‘estado de dormir’, parando tudo e relaxando corpo e mente até chegar nele.

A mesma coisa com a meditação. Você não vai sentar, cruzar as pernas, dizer ‘mente, silêncio e relaxe’ e vai acontecer de imediato. É preciso deixar o ‘estado de meditação’ acontecer.”

– David Shoemaker, “Vivendo Thelema”

Ode ao realismo

Publicado: 7 de novembro de 2023 em Literatura & Artes, poesia
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estou muito cansada para

escrever um poema bonito.

um poema com rimas,

com encantos,

um poema poético.

estou demasiado cansada.

incontrolavelmente cansada.

cansada e com tonturas.

cansada e com as pernas bambas.

cansada da estética, do querer ser, do hosting.

há pressão em minha fronte

como se a fronte fosse, de fato, fronte

de batalha.

como se a vida fosse o eterno atirar-se de um canhão.

ser um homem-bala.

atingir a outros para,

quem sabe,

voltar todo estropiado

apenas para servir de mais munição

e salvar uma guerra que não é sua.

eu não sou o inimigo.

nem você.

mas sou meu próprio algoz.

sou eu quem escava minha sepultura.

sou eu quem contratou o padre,

quem obteve extrema-unção,

quem jogou-se do penhasco

e descobriu ter asas.

fez-se de passarinho e voou.

fez-se de águia e arrancou suas penas.

apenas para ter o prazer

de vê-las crescer novamente.

sou meu inimigo

quando me atiro

em coisas que jamais saberei

se são verdadeiras,

se são fantasias,

se são efeitos colaterais,

se são amor.

sou a lança

que perfura minha carne,

que mata minhas dores,

que alimenta o verme

que eu mesma criei.

Mia Sodré, Oráculo

É, estive ausente por um tempo, né? Agosto, setembro e outubro foram meses bem intensos, por assim dizer. Teve minha função de 1 ano de iniciado em Oxalufã. Teve também função de 1 ano de iniciada da Bianca em Iemanjá. Teve a Festa dos Erês. Teve o Orô para a família da Palha. Teve evento com a Excelsior Comic Shop. Aniversário do meu irmão. Meu aniversário. A gestão e entrega de dois projetos de clientes grandes. Minha batalha para terminar um outro projeto de outro cliente grande. Gestão de um projeto de mídias sociais.

E no meio de tudo isso tem que tentar manter a casa em ordem. Louça. Comida. Roupa. Dar aquele tapa pelo menos de fim de semana. Dar atenção, comida e passear com a cachorra. Fazer as paradas da Excelsior Comic Shop.

Teve também umas coisas que me pegaram neste período que não me sinto à vontade para falar ainda, que foi justamente o que me levou à psiquiatria e a tomar remédios depois do ano passado. Mas prometo que um dia falarei sobre. 

E ainda peguei COVID semana passada.

Com tudo isso rolando, a gente começa a deixar algumas coisas de lado. Então fui menos nos treinos. Meu ritmo de leitura caiu. O de orações e meditações também. E, claro, o de escrita para projetos pessoais.

Vejam bem, não estou exatamente reclamando. As coisas foram acontecendo e a gente faz o que dá, certo? A parte boa disso é que não tive grandes momentos de crise. Algumas crises eu tive sim, e acho que as teria mesmo que não tivesse meus problemas de ansiedade e depressão. Mas minhas leituras sobre Magia e Zen tem me ajudando a surfar um pouco melhor no Caos, tenho confiado nas entidades que andam comigo e no final das contas os resultados tem sido positivos.

Não que as coisas não possam ser feitas de maneira mais tranquila. Sempre podem. E estes 3 meses foram o fim de uma intensa batalha não só para a compreensão de certas coisas da minha vida, mas para finalmente ter conseguido deixar meu trabalho em ordem.

Já devo ter falado disso em algum outro texto desta série, então me perdoem pela repetição, mas ela acontece por motivos de contextualização:  eu estava de saco cheio de fazer um monte de coisas ao longo do dia, chegar no final dele e perceber que não tinha conseguido terminar nada. A casa não tava em ordem, os trampos não tavam entregues e assim eu ficava sem tempo para tocar projetos pessoais, por exemplo.

Então dividi a minha vida em áreas e decidi que ia atacar uma por vez, organizando somente essa e então partindo para a próxim.; A primeira foi a organização da casa. Não importasse o que estivesse acontecendo, ao final do dia eu ia parar tudo por pelo menos 1 hora para lavar louça, lavar, pendurar, recolher e dobrar roupa e cozinhar (claro que em 1 hora não dá pra fazer tudo isso, mas não é tudo que a gente faz todo dia também). E assim feito. Paro de trabalhar ou dou uma pausa no trabalho caso precise voltar, me dou meia hora de descanso onde faço o que quiser (até mesmo nada) e vou lá para as tarefas do lar. Às vezes dá mais de 1 hora, às vezes menos. Mas só paro quando  termino o que precisava fazer no dia.

Tenho uma relação zen-budista com tarefas do lar por causa de uma frase que eu amo: “Antes da Iluminação, você deve cortar a lenha. Após a Iluminação, você deve cortar a lenha”, então aproveito este momento para ouvir músicas ou algum podcast, depende da minha vibe no momento. 

Atualmente, estou em uma viagem temporal pelas minhas playlists de músicas mais ouvidas do ano no Spotify. Comecei em 2016 e me encontro agora em 2019. É interessante perceber que, por mais que tenha músicas que estão nas minhas playlists todos os anos (sim, “Groove is in the Heart”, estou falando com você), é possível notar um certo eixo temático nas músicas que mudam a cada ano e relembrar os motivos destes temas tem sido uma reflexão interessante.

O advento da adoção da Alanis somou um novo elemento à minha rotina e ela tem horários e hábitos que devem ter uma certa regularidade, ou a bicha pira (na verdade nós também piramos, a gente só pensa que é mais flexível, mas não é). E isso inclui um passeio diário de 40 minutos à 1 hora ela.

Preciso que entendam que minha rotina era tão atropelada por eu tentar fazer mil coisas e não conseguir de fato fazer nada que eu ia cozinhar 23h, dobrava roupa correndo no horário de almoço, queria trabalhar até tarde ou acordar de madrugada para adiantar, tava literalmente tudo junto e misturado acontecendo ao mesmo tempo.

Por isso que foi algo muito importante para mim, por mais bobo que possa parecer, perceber que consigo separar 1h do meu dia para casa e 1h do meu dia para Alanis e o mundo não acaba por causa disso. Na verdade, uma parte do mundo vai respeitar a sua decisão e outra parte não está nem aí. Perceber que você pode ficar 2h sem responder mensagens do grupo de trabalho do Whatsapp fora do horário de trabalho é libertador.

Um dia vou fazer um texto sobre as minhas saídas com a Alanis. Mas, se as atividades de casa assumem um caráter lúdico quando ouço música ou intelectual quando ouço podcasts, meu rolês com a cachorra tem um quê de psicogeografia com filosofia. Uso a ocasião para explorar locais desconhecidos do bairro ou buscar de perto detalhes não vistos em locais que já conheço. Isso, junto com as relações que vão se criando com as pessoas que passam a fazer parte do meu convívio graças aos passeios, cria conexões novas e interessantes em minha mente.

Olha quantas coisas interessantes podem acontecer em sua vida ficando somente 2 horas por dia longe do maldito celular, né?

Isso deve estar parecendo um papo de maluco. Mas a minha área de trabalho (consultoria de experiência do usuário voltada para estratégia de negócios) é daquelas que, se você não se organizar e não souber a hora de parar, vai ocupar 12 horas ou mais do seu dia. Eu não sou um exemplo de produtividade e organização, junte isso com minha dificuldade de dizer não e esta mesma falta de organização produtividade em outras áreas da minha vida e imaginem a bagunça que tava.

Mas, enfim, uma área organizada. Quer dizer que ela estava perfeita? Não. Mas ter tempo para poder se dedicar somente a uma coisa permite que você faça esta coisa cada vez melhor. Como diz aquele macaco que faz cooper: “Vai ficando cada vez mais fácil. Mas você tem que fazer todo dia. Esta é a parte difícil”.

E, claro, com uma etapa do meu plano tendo dado certo, era possível se animar para que a etapa seguinte desse certo também, né?

A próxima etapa era o trabalho. Mas vou deixar para falar sobre isso em um próximo texto, que este, já ficou enorme hehehehehehe…    

Imagem  —  Publicado: 25 de setembro de 2023 em Hã?
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Quando me perguntam qual é o melhor filme do Marvel Cinematic Universe (MCU), respondo sem pensar duas vezes: “Capitão América – O Soldado Invernal”. Apesar de a princípio parecer ser uma trama mais “doméstica” quando comparado a acontecimentos como os ocorridos em filmes como “Shang Shi – A Lenda dos Dez Anéis” ou em séries como “Cavaleiro da Lua” ou “Ms. Marvel”, é um filme que afetou o Capitão América e o MCU como um todo pra cacete, mesmo sendo totalmente focado no bandeiroso. E, claro, tem as melhores sequências de luta vistas nos filmes da Casa de Ideias. Nada superou ainda aquela porradaria franca entre o Capitão América, Viúva Negra, Falcão contra os homens da Hidra e o Soldado Invernal nas ruas de Washington.

Já quando o assunto é meu filme favorito, tendo a citar o primeiro Doutor Estranho. Como alguém que estuda e pratica Magia, este filme me impactou demais. Quando vi pela primeira vez, no cinema, saí da sala e fiquei uns bons minutos em total silêncio, ainda tentando absorver tudo o que havia visto ali. O fato do conflito final não ter sido resolvido na porrada foi foda demais.

Mas os Guardiões da Galáxia ocupam um grande espaço no meu coração. Se já haviam me ganhado no primeiro filme, a paixão só aumentou com os Volumes 2 e 3. E agora que a formação clássica deste grupo que aprendemos a amar se desfez, nada mais justo que refletirmos sobre o que vimos nos 7 filmes em que eles estiveram presentes.

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Eu estava esperando o maldito ônibus elétrico para ir encontrar o pessoal no shopping quando vi a Gláucia do outro lado da rua, saindo da casa dela com aquela menina que tinha me apresentado outro dia. Estavam carregando algumas malas e iam entrar na garagem da casa quando me viram. Acenaram simpaticamente e atravessei a rua correndo na primeira oportunidade. Vendo aquelas malas, resolvi dar uma de engraçadinho e soltei, todo irônico:

– Estão indo viajar, é?

As duas trocam olhares e Gláucia respondeu:

– Na verdade só a Camila. Ela vai voltar pra cidade dela.

A surpresa da notícia deve ter ficado mais do que evidente na minha cara, já que a Camila confirmou:

– Na verdade eu sou de Lençóis Paulista. Vim só passar uns dias aqui. Vou embora hoje, mas volto assim que der, tá?

Eu ainda estava digerindo toda a informação. Ela morar no interior não era o problema em si, mas sim o modo como eu havia eu agido quando as duas foram me visitar em casa há quase uma semana…

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